Faltam.....

E Serra virou um deus!

A começar pela foto da capa.
Temos que ler a entrevista de Serra a Veja. É uma peça fantástica.........de ficção. O Governador José Serra acaba de sair do governo com:
- uma greve de professores
- uma greve de profissionais de saúde
- um mês de enchentes catastróficas
- uma cidade apartada entre ricos e pobres
- um consumo de drogas maior do que quando ele assumiu
- criminalidade em ascensão no estado
- desenvolvimento pífio da economia paulista
A veja põe dois pequeninos bloco de elogio a endividamento e uso do dinheiro em relação ao PIB paulista. Óbvio que seriam bons, o investimeto de S. Paulo foi quase zero, ou seja, se não gasto, economizo, mas não cresço. Essa economia é a do FHC, um governo que não investiu em: agricultura, universides, estradas, funcionalismo, nas estatais, enfim, não gastou nada, vendeu o que tinha e o país ainda era refém do FMI. Bem, mas isso será mostrado na campanha. Quero ressaltar aqui é que Serra virou um deus. O seu decálogo (veja abaixo comentado) é uma obra prima de competência e virtudes. Uma peça de pura retórica política. Não há uma só menção de dificuldads que ele entrentará. É um discurso "genérico", ou seja, "vou fazer tudo isso muito mais baratinho". E aqui cabe ressaltar que, hoje, alguns genéricos custam mais caro, ou não fazem efeito.
Está maduro, pronto para governar o "pós LULA". Muda o discurso do contra ( e é legal ler uma "linguista" fazer comparações do discurso -só compara dez palavras - que pobresa) para um duscurso de continuação. Agora que a casa está arrumada, mas não diz em nenhum momento quem arrumou e, sabiamente, não cita o governo FHC em nenhum momento.
Portanto temos um deus pronto para governar o país. Até o Quiroga - respeitável astrólogo, mas cobra caro- foi requisitado e "doura a pílula". Aqui - e eu sou astrólogo também - quero fazer uma ressalva. Em astrologia se mostra, sempre, os dois lados. Aliás é melhor mostrar o lado negativo, para que possamos melhorar. No caso ele foi endeusado de novo. Se o Quiroga fez isso, não sei, mas a revista coloca Serra no Olimpo.
Resumindo tudo isso, a Veja, finalmente fez sua clara opção. Um risco grande. Serra teve um tratamento do qual a revista não pode mais recuar. Se comprometeu definitivamente com ele e sua campanha. Agora vai ter que sustentar, principalmente quando começar a descida desse Olimpo. Ninguém é tão perfeito assim. ninguém é capaz de ser tão infalível. Mas isso tudo terá um preço. A revista coloca ainda, no site, os colaboradores. A partir de hoje a Veja, definitivamente, é uma revista do PSDB/DEM, pró Serra. e isso não é ruim não, pois daqui para frente é uma revista onde vamos ler o pensamento demotucano. Definitivamente.
Paulo Morani

DECÁLOGO DO SERRA (acredito  que escrito pela VEJA)
1 - Governar desde o primeiro dia. O governante precisa entender a máquina pública para começar a administrá-la com eficiência logo que assumir o cargo.
Não fez iso emS. paulo. fechou o geverno com greves e truculência. Até agentes infiltrados usou. Tratou compolicia o que é para ser taratado com POLITICA.
2 - Formar uma boa equipe. levar gente competente para a administração, fixar metas claras e desestimular antagonismos corrosivos entre os membros do governo
Mero exercício de retórica.Não é possível isso entre pessoas. Somos diferentes, graça a DEUS.
3 - Hierarquizar os problemas . Tentar resolver todos os problemas ao mesmo tempo é impossível. É preciso elencar prioridades.
Na própria entrevista ele é quetionado como "centralizador".
4 - Gastar o dinheiro público com austeridade. É preciso cortar desperdícios para poer fazer mais investimentos caberen dentro do Orçamento.
Aqui é o perigo. Esse é o discuros do "estado mínimo" do FHC que já mostrou o fracasso. Na hora do "sufoco" eles querem o estado. Depois "deixa com a gente" e não pagam a dívida.
5 - Não atender a indicações políticas. Quem escolhe os misitros e os dirigentes das estatais é o presidente e não os partidos de sua base ou grupos de parlamentares.
MENTIRA. Não existe isso. É balela, falácia de candidato, com a que ele disse uma vez, que jamais renunciaria a um mandato. Discuros de candidato MENTIROSO.
6 - Prestigiar o legislativo no orçamento. Liberar as boas emendas de parlamentares, sem tratar os opositores como inimigos, nem os liados como subalternos.
Outra "casacata eleitoreira"
 7 - Cooperar com outras esferas de govrno. Ninguém deixa de "faturar" politicamente com uma obra por reconhecer a participação de outros políticos que colaboraram com o projeto.
É só ver o que fez com o "rodoanel de S. Paulo". Escondeu que a maior parte do dinheiro era do PAC (que aliás o Sérgio Guerra - pricipl colaborador, segundo a VEJA- disse que "vamos acabar com o PAC")
8 - Saber conciliar interesses. Mas também enfrentá-los de maneira explicita e dentro da lei quando do interesse público se sobrepuser.
Traduzindo "aos amigos tudos, aos adversário a lei". No caso de greves A POLICIA.
9 - Por em prática o ativismo estatal. Rejeitar a falsa escolha entre o estado paternalista e obeso e o estado da pasmaceira.
Aqui a principal pérola de Serra. É o estado para socorrer (como o PROER que ele defende na entrevista) os tubarões. Depois o estado sai. É o "estado moderno" do Mailson da Nóbrega, com o resto privatizado, PETROBRÁS, BANCO DO BRASIL, CX. ECONOMICA, ETC.
10 - Revalorizar a produção. "Mercado" não pode significar apenas mercado financeiro internacional. É preciso ouvir todos os mercados, incluindo o agrícola, o industrial e o de serviços.
Aqui o é malintencionado ou ignorante. LULA fez e fala isso desde o primeiro mandato. E realizou O País cresceu em todos os aspectos, agricola, industrial e de serviços.
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E LULA engoliu a oposição...

A política brasileira produziu um fenômeno único na América Latina e talvez no mundo: o carismático presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua administração, que gozam de 84% de popularidade depois de seis anos de governo, engoliram a oposição. E não o fizeram com métodos antidemocráticos, mas sim apropriando-se de suas bandeiras. Já se sabia que Lula é um gênio político, que soube vencer as reticências no núcleo do seu próprio partido, o Partido dos Trabalhadores. De fato, dispõe-se a eleger uma mulher, a ministra Dilma Rousseff, como sua sucessora na candidatura à Presidência em 2010, apesar de ela nunca ter disputado eleições e não ser um personagem excessivamente grato ao PT. Mas o que ninguém jamais imaginou é que ele seria capaz de eliminar democraticamente a oposição. Tanto a de direita como a de esquerda.

Como conseguiu? Com uma política que, pouco a pouco, foi escavando o chão sob os pés dos seus opositores.

Cortou as asas da direita mediante uma política macroeconômica neoliberal que está lhe proporcionando bons resultados nestes momentos de crise financeira mundial graças às reservas acumuladas.

Ao mesmo tempo, pôs rédea curta nas pretensões de alguns dos movimentos sociais mais radicais, como o dos Sem Terra (MST), cujas ações têm criticado tachando-as de ilegais e instando-os a respeitar a lei em vigor.

E manteve uma política de meio ambiente das mais conservadoras, algo que agrada aos latifundiários e aos grandes exportadores, que formam o núcleo mais direitista do Congresso.

Também freou as esquerdas. Conseguiu fazer calar a esquerda minoritária com uma política voltada para os estratos mais pobres do país, o que fez com que seis milhões de famílias passassem às fileiras da classe média baixa, abandonando seu estado de miséria atávica.

Abriu o crédito aos pobres, que agora, com pouco dinheiro, podem abrir uma conta no banco e ter um cartão de crédito - o que os converte em partícipes da roda da economia nacional.

Para a outra esquerda, a moderada, também tornou as coisas difíceis. Hoje em dia, para o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), a agremiação oposicionista com maiores possibilidades de ganhar as próximas eleições porque conta com dois grandes candidatos (os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves), é mais difícil fazer oposição. Os dois aspirantes do PSDB sabem que não poderão ser eleitos contra Lula. Por isso, só falam, como acaba de fazer Aécio Neves, de uma era "pós-Lula", com um projeto de nação que aporte algo novo ao projeto do presidente, que já goza do consenso da grande maioria do país.

Desde o primeiro dia de sua chegada ao poder, Lula tem mantido Henrique Meirelles, do PSDB, como presidente do Banco Central. Conservou e ampliou o projeto social "Bolsa Escola", criado pelo PSDB, batizando-o como "Bolsa Família". Esse plano ajuda hoje 12 milhões de famílias e nenhum partido da oposição se atreveria a criticá-lo. Desde seu primeiro mandato, Lula não só demonstra ter sabido congregar apoios de 12 partidos ao seu governo, como até o momento logrou manter amizade com os candidatos opositores Serra e Neves.
Ambos, além disso, desfrutam de boas relações com o PT, e inclusive não descartam governar junto ao partido de Lula se chegarem ao poder.

Mas não há realmente espaço para a oposição no Brasil? Porque, se assim fosse, haveria quem considerasse isso um grave obstáculo para uma autêntica democracia. Poderia haver, segundo vários analistas políticos, como Merval Pereira, mas o problema está no fato de que a oposição se assustou com a popularidade de Lula. Há até políticos opositores, sobre tudo dos governos locais, que buscam uma foto junto a Lula para ganhar pontos com seu eleitorado.

Se a oposição desejasse, dizem os especialistas, poderia exigir de Lula que levasse a cabo as grandes reformas de que este país ainda necessita para decolar na cena mundial, como a reforma política (é possível governar com 30 partidos no Congresso?); a fiscal (Brasil é um dos países com maior carga tributária: roça os 40%); a de Segurança Social (Lula só a realizou em parte e, apesar de um escândalo de subornos a deputados para que votassem a favor, ficou pequena); a agrária (não saiu do papel); a da educação (no Brasil ainda não é obrigatório o ensino secundário e a qualidade deste é considerada como das piores no mundo); e, por último, a penitenciária (os suicídios dos presos aumentaram no ano passado em cerca de 40%).

Artigo publicado no jornal El Pais
JUAN ARIAS é jornalista.
© El País.

Agradecimentos!

Agradeço, de coração, a comadre Ozita e a meus irmãos Ruth Helena e Walter Vaz Jr. pelo apoio, no Encontro Estadual. Walter fotografou e Ruth filmou. Sem eles não seria possível tudo o que está aqui no blog!
Bjs e valeu!