Faltam.....

RJ: Dilma vence Serra, diz Vox Populi

Pesquisa do Instituto Vox Populi sobre intenção de votos para presidente, realizada entre os dias 20 e 22 de março no Estado do Rio de Janeiro, obtida com exclusividade pelo jornal O Dia, mostra empate técnico entre a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef (PT), e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), os dois principais candidatos à sucessão presidencial. Dilma Rousseff aparece com 29% da preferência do eleitorado, enquanto o tucano tem 28%.O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) está em terceiro, com 16%, enquanto a senadora Marina Silva (PV-AC) aparece em quarto lugar, com 9%.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) dia 18 de março, com o nº 18.994/2010. O Vox Populi fez 1.000 entrevistas na capital, na Região Metropolitana e no interior do Estado do Rio. No cruzamento por região, Dilma Rousseff apresentou seu melhor desempenho na capital do Estado, com 33% das intenções de voto, contra 20% de Serra. Já o tucano teve a sua melhor performance no interior, com 40% das intenções. Nesta região, Dilma somou apenas 24% das intenções.

Para o presidente do Vox Populi, João Francisco Meira, a pesquisa revela uma tendência nacional, que demonstra o crescimento de Dilma. "A boa performance da petista na capital revela o grau de informação do público. À medida que Dilma associa sua imagem à imagem do presidente Lula, ela ganha respaldo e aceitação. No interior, essa informação chega de forma mais lenta ao eleitor", acredita o presidente do Instituto Vox Populi.

Em outro cenário, sem a participação de Ciro Gomes, que ainda não teve a candidatura confirmada ¿ mas é aliado de Lula, Serra (34%) e Dilma (31%) também aparecem tecnicamente empatados. Com Ciro fora, Serra chega a 48% no interior, seu melhor desempenho no Estado do Rio. No mesmo cenário, Dilma tem seu melhor resultado na capital, com 37% das intenções de voto. "Não está claro ainda para o eleitor que Ciro é aliado de Lula", diz.

De acordo com Meira, a aprovação de Lula no Rio chega a 90%. Para 29% dos entrevistados, o governo é ótimo; 43% acham bom; 18%, regular positivo; 5%, regular negativo; 3%, ruim; e só 2% acham péssimo. A pesquisa também mostra que 86% dos entrevistados sabiam que o presidente não pode concorrer nas eleições de outubro. Mas se pudesse, 61% o escolheriam outra vez.

Tucano prevê campanha acirrada entre Dilma e Serra

O empate técnico entre a ministra Dilma Rousseff (PT) e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), nas intenções de votos dos eleitores do Rio foi considerado normal pelo presidente regional do PSDB, deputado estadual Luiz Paulo Corrêa. "Até o dia 2, quando a Dilma vai deixar o ministério, este empate técnico vai permanecer", avalia o tucano. Ele prevê, que a partir desta data, o desempenho da petista deve cair.

"A partir de 3 de abril a candidatura de Dilma vai perder o palanque diário do Lula nas inaugurações de obras", explica Luiz Paulo. Com o início da campanha na TV, porém, ele avalia que a disputa deve ficar acirrada entre Dilma e Serra.

Luiz Paulo não acredita na candidatura do deputado federal Ciro Gomes (PSB) a presidente. "Lula quer a polarização da disputa entre Serra e Dilma. A candidatura de Ciro não interessa ao governo porque ele atira para todos os lados", afirma o tucano. Luiz Paulo, porém, não teme a suposta polarização.

"O que vai contar para o eleitor é a vida pregressa dos candidatos. O Serra tem o voto dele. Já a Dilma é só reflexo do Lula, que transfere votos para ela. A questão é quanto esta transferência vai influir no resultado da eleição", afirma o presidente do PSDB. Ele também acredita no crescimento das intenções de votos em Marina Silva, "o que deve levar a disputa para o segundo turno".

Sirkis lembra Gabeira para manter confiança em Marina
O desempenho da senadora Marina Silva na pesquisa agradou ao presidente do PV no Rio, o vereador Alfredo Sirkis. "Gabeira tinha 4,3% na primeira pesquisa para a Prefeitura do Rio", comparou Sirkis, lembrando o desempenho do deputado federal Fernando Gabeira (PV) nas eleições de 2008 ¿ o verde acabou disputando o 2º turno com Eduardo Paes (PMDB) e foi derrotado por diferença de menos de 1% dos votos.

Para Sirkis, os índices de Marina "estão bons em comparação com os outros candidatos". "A Dilma está todo dia na TV no palanque do Lula e o Serra já disputou uma eleição presidencial. A Marina, com o grau de conhecimento que ela tem, está muito bem", avalia Sirkis.

Para o presidente do PV, com o início da campanha a senadora ficará mais conhecida do eleitor carioca e fluminense. "Muitas pessoas ainda não conhecem Marina", afirma o vereador. Ele atribui a este desconhecimento o fato de ela aparecer na pesquisa liderando a lista dos candidatos em quem os eleitores não votariam de jeito nenhum.


Presidente regional do PT diz que associação Dilma- Lula é tendência'


Para o presidente regional do PT, deputado federal Luiz Sérgio, o empate técnico entre a petista Dilma Rousseff e o tucano José Serra demonstra um reflexo do que está acontecendo em todo o País. "À medida que as pessoas tomam consciência que Dilma Rousseff é a candidata do Lula e pretende dar continidade a todos os projetos implantados pelo governo federal, sua aceitação aumenta no País. É uma tendência que acontece em todas as partes do Brasil", avalia o deputado federal Luiz Sérgio.

Segundo o presidente do PT, a boa aceitação do governo Lula no Rio de Janeiro repercute também na disputa eleitoral do governo do Estado, em que o governador do Rio, Sérgio Cabral, também vive bom momento, conforme pesquisa do Vox Populi, divulgada pelo jornal O Dia O DIA na sexta-feira.

"Isso se deve às parcerias que estão sendo realizadas entre o governo do estado e o governo federal, como as obras que estão acontecendo no Rio de Janeiro, no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)", explicou o presidente regional do Partido dos Trabalhadores. Terra.
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E LULA engoliu a oposição...

A política brasileira produziu um fenômeno único na América Latina e talvez no mundo: o carismático presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua administração, que gozam de 84% de popularidade depois de seis anos de governo, engoliram a oposição. E não o fizeram com métodos antidemocráticos, mas sim apropriando-se de suas bandeiras. Já se sabia que Lula é um gênio político, que soube vencer as reticências no núcleo do seu próprio partido, o Partido dos Trabalhadores. De fato, dispõe-se a eleger uma mulher, a ministra Dilma Rousseff, como sua sucessora na candidatura à Presidência em 2010, apesar de ela nunca ter disputado eleições e não ser um personagem excessivamente grato ao PT. Mas o que ninguém jamais imaginou é que ele seria capaz de eliminar democraticamente a oposição. Tanto a de direita como a de esquerda.

Como conseguiu? Com uma política que, pouco a pouco, foi escavando o chão sob os pés dos seus opositores.

Cortou as asas da direita mediante uma política macroeconômica neoliberal que está lhe proporcionando bons resultados nestes momentos de crise financeira mundial graças às reservas acumuladas.

Ao mesmo tempo, pôs rédea curta nas pretensões de alguns dos movimentos sociais mais radicais, como o dos Sem Terra (MST), cujas ações têm criticado tachando-as de ilegais e instando-os a respeitar a lei em vigor.

E manteve uma política de meio ambiente das mais conservadoras, algo que agrada aos latifundiários e aos grandes exportadores, que formam o núcleo mais direitista do Congresso.

Também freou as esquerdas. Conseguiu fazer calar a esquerda minoritária com uma política voltada para os estratos mais pobres do país, o que fez com que seis milhões de famílias passassem às fileiras da classe média baixa, abandonando seu estado de miséria atávica.

Abriu o crédito aos pobres, que agora, com pouco dinheiro, podem abrir uma conta no banco e ter um cartão de crédito - o que os converte em partícipes da roda da economia nacional.

Para a outra esquerda, a moderada, também tornou as coisas difíceis. Hoje em dia, para o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), a agremiação oposicionista com maiores possibilidades de ganhar as próximas eleições porque conta com dois grandes candidatos (os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves), é mais difícil fazer oposição. Os dois aspirantes do PSDB sabem que não poderão ser eleitos contra Lula. Por isso, só falam, como acaba de fazer Aécio Neves, de uma era "pós-Lula", com um projeto de nação que aporte algo novo ao projeto do presidente, que já goza do consenso da grande maioria do país.

Desde o primeiro dia de sua chegada ao poder, Lula tem mantido Henrique Meirelles, do PSDB, como presidente do Banco Central. Conservou e ampliou o projeto social "Bolsa Escola", criado pelo PSDB, batizando-o como "Bolsa Família". Esse plano ajuda hoje 12 milhões de famílias e nenhum partido da oposição se atreveria a criticá-lo. Desde seu primeiro mandato, Lula não só demonstra ter sabido congregar apoios de 12 partidos ao seu governo, como até o momento logrou manter amizade com os candidatos opositores Serra e Neves.
Ambos, além disso, desfrutam de boas relações com o PT, e inclusive não descartam governar junto ao partido de Lula se chegarem ao poder.

Mas não há realmente espaço para a oposição no Brasil? Porque, se assim fosse, haveria quem considerasse isso um grave obstáculo para uma autêntica democracia. Poderia haver, segundo vários analistas políticos, como Merval Pereira, mas o problema está no fato de que a oposição se assustou com a popularidade de Lula. Há até políticos opositores, sobre tudo dos governos locais, que buscam uma foto junto a Lula para ganhar pontos com seu eleitorado.

Se a oposição desejasse, dizem os especialistas, poderia exigir de Lula que levasse a cabo as grandes reformas de que este país ainda necessita para decolar na cena mundial, como a reforma política (é possível governar com 30 partidos no Congresso?); a fiscal (Brasil é um dos países com maior carga tributária: roça os 40%); a de Segurança Social (Lula só a realizou em parte e, apesar de um escândalo de subornos a deputados para que votassem a favor, ficou pequena); a agrária (não saiu do papel); a da educação (no Brasil ainda não é obrigatório o ensino secundário e a qualidade deste é considerada como das piores no mundo); e, por último, a penitenciária (os suicídios dos presos aumentaram no ano passado em cerca de 40%).

Artigo publicado no jornal El Pais
JUAN ARIAS é jornalista.
© El País.

Agradecimentos!

Agradeço, de coração, a comadre Ozita e a meus irmãos Ruth Helena e Walter Vaz Jr. pelo apoio, no Encontro Estadual. Walter fotografou e Ruth filmou. Sem eles não seria possível tudo o que está aqui no blog!
Bjs e valeu!